Vai faltar salmão nos próximos dias no mercado do Rio Grande do Sul. O alerta é do diretor da distribuidora Frumar, Éderson Krummenauer. Ele explica que de 70% a 80% da carga de salmão que vem para a região sul do Brasil tem origem no território de Puerto Montt, no Chile. A região está sendo afetada por barreiras e barricadas dos protestantes que, desde a última sexta-feira (19), realizam manifestações contra o aumento das tarifas do metrô no país.
— Em uma extensão de 300 quilômetros, os motoristas encontram bloqueios 15 vezes. Eles não conseguem chegar ao Rio Grande do Sul. Assim, já devemos ter falta de salmão na semana que vem — projeta Krummenauer.
Além disso, a produção do tradicional ingrediente do sushi e sashimi está reduzida no Chile devido ao toque de recolher. Dos três turnos que as empresas de salmão costumam fazer, estão trabalhando apenas um.
— A alternativa é usar o salmão congelado, para quem tem. As últimas cargas que saíram do Chile e chegaram até aqui estão sendo usadas agora. Semana que vem, não tem mais — alerta o diretor.
Krummenauer diz que o Chile é o segundo maior produtor de salmão no mundo, perdendo apenas para a Noruega. Só que, segundo o diretor da Frumar, o mercado brasileiro não tem costume de comprar do país europeu devido às taxações de importação e transporte. Com a falta de mercadoria, os olhos estão voltados para a produção da Patagônia, que ocupa partes do Chile e da Argentina. Mesmo assim, o preço do peixe deve aumentar.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Siga Giane Guerra no Facebook
Leia aqui outras notícias da colunista