Quando falamos das profissões do futuro, o empreendorismo sempre aparece. Mesmo que a pessoa seja empregada de uma empresa, ser empreendedora é uma característica exaltada entre os recrutadores e chefes.
Mas o empreendedorismo é algo que se ensina em casa? Na escola? Ou nos dois lugares? E ainda, é algo que se ensina? Pesquisa do Sindilojas Porto Alegre com 462 pessoas mostrou que apenas 22,3% acham que é algo natural da personalidade. Outros 75,5% acreditam que, sim, todos podem desenvolver a capacidade. Fechando os 100%, houve 2,2% que disseram não saber a resposta.
O Sindilojas aproveitou a pesquisa de vendas para o Dia das Crianças e fez perguntas com foco na educação empreendedora. As questões buscam entender como é a realidade e como os pais gostariam que fosse esse aprendizado.
Apenas dois em cada dez pais disseram que o filho estuda em uma escola com metodologia empreendedora. Dos que informaram que não, sete gostariam que tivesse. O que não surpreende, já que 94,4% acreditam que isso traria um futuro melhor para as crianças.
Confira algumas das respostas da pesquisa enviadas para a coluna Acerto de Contas:
Seu filho estuda em escola com metodologia empreendedora?
Sim 22,4%
Não 77,6%
Vocês gostaria que a escola tivesse metodologia empreendedora? (Somente para quem respondeu "Não" na pesquisa anterior.)
Sim 72,6%
Não 12,4%
Não sabe ou não respondeu 15%
Você acredita que ensinar empreendedorimo trará um futuro melhor para as crianças?
Sim 94,4%
Não 1,7%
Não sabe ou não respondeu 3,9%
Você considera importante desenvolver o empreendedorismo desde a infância?
Sim 92,2%
Não 3,5%
Não sabe ou não respondeu 4,3%
Você sente falta de produtos no mercado que estimulem o empreendedorismo de crianças e adolescentes?
Sim 76,2%
Não 17,3%
Não sabe ou não respondeu 6,5%
No varejo
Existe uma gama de produtos que podem incentivar o desenvolvimento empreendedor de uma criança. Para os pais e pedagogos ouvidos pela pesquisa do Sindilojas, é importante que se introduzam jogos e leituras que sejam produtivos e ao mesmo tempo divertidos. Cita como exemplos jogos de estratégia, de construção e brinquedos artesanais feitos com materiais reciclados. A criação dos próprios brinquedos também é uma boa ideia para estimular as crianças.
A entidade coloca como exemplo a linha de produtos Lego Education, que estimula a criança a aprender brincando. A iniciativa introduz conceitos de robótica, ao mesmo tempo que explora a criatividade, a resolução de problemas e o trabalho em grupo. Aliás, robótica tem virado uma disciplina nas escolas nos últimos anos.
Outro exemplo é a Eu Amo Papelão. A empresa foca no empreendedorismo ao produzir brinquedos montáveis de papelão, kits com tintas para colorir e livros educativos, introduzindo conceitos de convivência social.
O espaço da loja também é um ponto importante. Locais amplos e interativos, onde as crianças possam experimentar os produtos antes de comprarem são fundamentais. Segundo o Núcleo de Pesquisas do Sindilojas Porto Alegre, os pequenos adoram poder escolher seus próprios brinquedos em lojas que chamem a atenção deles.
Livros
Além dos brinquedos, o Sindilojas também listou alguns livros para trabalhar o empreendedorismo com as crianças. São eles:
- Os 7 Hábitos das Crianças Felizes trabalha os princípios do best-seller "Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes". A versão para crianças tem uma linguagem mais lúdica, trazendo conceitos de empreendedorismo e inteligência emocional.
- Pai Rico Pai Pobre para Jovens ensina sobre finanças e investimentos com uma linguagem mais acessível.
Dicas para lojistas
Sendo uma entidade representativa dos varejistas, o Sindilojas elaborou ainda três dicas para os lojistas cativarem os pequenos clientes:
Programa de fidelidade: Estimular o pequeno cliente a preencher cartões fidelidade com carimbos, por exemplo, é uma forma de retê-lo e estimulá-lo ao consumo no seu estabelecimento.
Recolher produtos antigos: O recolhimento de brinquedos antigos pode dar desconto em novos produtos. Dessa forma, outras crianças poderão ser beneficiadas com as doações. Aqui, a coluna Acerto de Contas também destaca a pegada de sustentabilidade dessa iniciativa.
Pesquisa de mercado com as crianças Perguntar às crianças o que elas querem é a melhor forma de entendê-las. Além disso, aplicar pesquisas de satisfação ou de sugestões com uma linguagem simplificada é um ótimo jeito de construir a opinião delas em relação à marca.
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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