Mais um grande investimento na área de transmissão de energia será antecipado no Rio Grande do Sul. Agora, é o lote arrematado pela Taesa. Em vez de quatro anos, ficará pronto em 21 meses. A informação foi passada para a coluna Acerto de Contas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura e detalhada depois pela própria empresa.
O aporte financeiro é estimado em mais de R$ 610 milhões. São 587 quilômetros de linhas de transmissão e duas novas subestações. Durante as obras, serão gerados 1.525 empregos, conforme a projeção. A construção das subestações deve começar ainda em 2019 e das linhas de transmissão, no início do ano que vem.
"Há um entendimento e ações proativas entre Sant'Ana e a SEMA/FEPAM e, obtidas as licenças ambientais, pretendemos iniciar os trabalhos nas subestações ainda este ano e nas Linhas de Transmissão em janeiro/2020. A Taesa, sensível às necessidades das região, esforçou-se por conceber um arranjo economicamente viável que permitiu a antecipação com agregação de valor ao Projeto, atendendo às expectativas do Estado do Rio Grande de Sul com as quais somos absolutamente solidários.", diz a nota enviada pela Taesa para a coluna.
No leilão, a fatia da Taesa foi chamada de Lote 12 e o projeto recebeu o nome de projeto Sant'Ana. Engloba os municípios de Santana do Livramento, Quaraí, Alegrete, Rosário do Sul, São Gabriel, Cacequi, Dilermando de Aguiar, Santa Maria, Alegrete, Itaqui, e Maçambará.
Nessa quinta-feira (3), a coluna já havia noticiado a antecipação de um investimento de R$ 2,4 bilhões no Rio Grande do Sul. São estruturas de transmissão de energia que serão construídas pelo consórcio Chimarrão, formado pela Cymi, controlada por investidores espanhóis, e pela Brasil Energia, do fundo canadense Brookfield. O prazo inicial era concluir os trabalhos até março de 2023 e agora passou para junho de 2021. Relembre: Antecipado investimento bilionário em energia que criará 6 mil empregos no RS
As estruturas são importantes, em especial, para o crescimento do setor eólico no Rio Grande do Sul. A energia a partir do vento é uma aposta no Estado e precisa ter como ser distribuída para que projetos de geração sejam tirados do papel. Lembrando que esses lotes integram empreendimentos que foram arrematados pela Eletrosul em leilão ainda em 2014. A estatal não conseguiu tocar os projetos e houve nova licitação.
Outros investimentos
Em maio, a EDP Energias do Brasil fechou acordo com a chinesa CEE Power e brasileira Brafer para compra da Litoral Sul Transmissora de Energia, que possui linhas de transmissão no Rio Grande do Sul e também em Santa Catarina. O negócio envolve um investimento total de R$ 407 milhões, englobando um lote composto por duas subestações e 142 quilômetros de extensão de linha. A previsão é gerar 500 empregos nas obras nos dois Estados.
Recentemente, a empresa Sterlite Power, com matriz mundial na Índia, também assinou o contrato de concessão do projeto Pampa, no Rio Grande do Sul. Refere-se ao lote 13, conquistado no último leilão de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O lote prevê a construção de três linhas de transmissão de energia, somando 316 quilômetros de extensão e duas subestações. O investimento é de R$ 777,8 milhões.
A empresa indiana tomou para si projetos que se arrastaram por anos na mão da Eletrosul. Depois, foram outros anos de negociação com a chinesa Shangai Eletric, que não deu certo. A estrutura é essencial para garantir o transporte da energia produzida no Rio Grande do Sul, que por falta de linhas de transmissão e subestações chegou a ter projetos de geração restringidos de participar de leilões do Governo Federal.
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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