Você já suspeitou que a quantidade de combustível abastecida no tanque do carro é menor do que a registrada na bomba? Sua desconfiança pode ter razão. O Rio Grande do Sul teve 106 interdições de postos ou distribuidoras de combustível no primeiro semestre de 2019. É um aumento grande em relação ao mesmo período de 2018, quando foram apenas 24 pontos de venda que tiveram de parar de funcionar, mesmo que temporariamente. O dado está no levantamento divulgado pela Agência Nacional do Petróleo e aponta uma elevação superior a 340% nas ocorrências.
O mercado gaúcho de combustíveis teve o número mais elevado do país, que registrou 526 autos de interdição. O principal motivo que leva a ANP a tomar a medida é comercializar com vício de quantidade, que é chamado de "bomba baixa".
Mas existe um teste que você pode solicitar para qualquer posto de combustível para averiguar se as medidas que aparecem na bomba são as mesmas que estão entrando no tanque. Ele é feito com um recipiente chamado de balde aferidor. Todo posto é obrigado a tê-lo. Para o consumidor saber se não está sendo lesado, basta acompanhar o enchimento do balde olhando a bomba.
Confira o passo a passo de como realizar o teste:
A tolerância é de 60 ml pra baixo e 100 ml pra cima. Caso ultrapasse estes limites, você pode fazer uma denúncia à Agência Nacional do Petróleo (ANP). Caso o posto não tenha o balde aferidor com a medida-padrão de 20 litros aferida e lacrada pelo Inmetro, você também pode denunciar.
As denúncias podem ser feitas pela internet (www.anp.gov.br/fale-conosco) ou pelo telefone 0800 970 0267. Para registrar sua manifestação, quanto mais informações você tiver sobre o posto, como CNPJ, razão social, endereço e distribuidora, melhor. Esses dados ficam em adesivos aplicados nas bombas e no quadro de avisos do posto de combustível.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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