O preço da gasolina comum no Rio Grande do Sul voltou a subir na pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, que calcula a média cobrada em 362 postos do Rio Grande do Sul. Com uma alta de dez centavos após uma semana de estabilidade, o custo passou para R$ 4,43. Voltou, portanto, ao patamar de agosto, antes de ocorrerem as recentes reduções.
O menor preço é R$ 3,99, encontrado em postos de Passo Fundo. Já o maior foi R$ 5,23, valor identificado pela ANP em Bagé. As duas cidades, tradicionalmente, aparecem nesses extremos na pesquisa.
Em Porto Alegre, a média do litro subiu pela segunda semana consecutiva e ainda intensificou a alta. O aumento desta pesquisa foi de 12 centavos, passando para R$ 4,37.
A coluna até percebeu que alguns voltar a reduzir o preço nos últimos dias. No entanto, a Petrobras aumentou o preço da gasolina nas refinarias nessa sexta-feira (27). A elevação foi de 2,52% e a quarta consecutiva.
No último dia 19, a estatal aumentou os preços da gasolina e também do diesel. Isso ocorreu dois dias depois de ter divulgado um comunicado avisando que não faria o repasse imediato da elevação do preço do petróleo no mercado internacional, após os ataques a campos de petróleo da Arábia Saudita.
Além do preço do petróleo, a Petrobras também considera o dólar como fator para ajuste de valores dos combustíveis. A estatal determina preços nas refinarias, que vendem para as distribuidoras. A partir daí, o preço é livre para negociação, assim como nos postos de combustível, que estabelecem seus valores de venda ao consumidor.
Além disso, o preço da gasolina nas refinarias brasileiras estava desafasado em relação ao mercado internacional. Lembrando que ainda não considera a pesada carga tributária que incide sobre os combustíveis.
— Agora, o preço na refinaria está cerca de apenas 1% abaixo do preço internacional. Não devemos ter novos reajustes enquanto se mantiver neste patamar — analisa o economista da Quantitas, João Fernandes.
Fernandes monitora os preços do petróleo e cruza com os da gasolina nas refinarias e nas bombas, para o consumidor. Conforme suas projeções, impacto nos postos de combustível deve ser cerca de 2% ao longo do mês de outubro.
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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