O varejo do Rio Grande do Sul teve o terceiro mês consecutivo de queda nas vendas. Em junho, houve um recuo forte, de 3,7% sobre maio. O IBGE divulga o dado já com ajuste sazonal. Na média nacional, houve um avanço, mesmo que pequeno, de 0,1%. Com a queda, o patamar de vendas ficou em 97,6 pontos. É o menor desde setembro de 2017.
— O resultado de junho veio ruim e creio que parte da explicação passa pelo inverno menos rigoroso em relação ao ano passado, o que naturalmente diminui o interesse por produtos típicos da estação. Esses, em alguns casos, apresentam ticket médio mais alto, com impacto considerável sobre o faturamento — analisa Oscar Frank, economista-chefe da CDL Porto Alegre.
Apesar dos recuos, as lojas gaúchas ainda fecharam o semestre no positivo. O crescimento é de 1,6% na comparação com o acumulado de janeiro a junho do ano passado. Nesta comparação, os melhores são:
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação +8,8%
Tecidos, vestuário e calçados +7,9%
— A taxa de crescimento do primeiro semestre, tanto do comércio restrito quanto do ampliado, foi a mais baixa da década, excetuando o período da crise de 2015-2016 — complementa o economista.
O IBGE também monitora o chamado varejo ampliado, que considera mais dois segmentos do comércio. Veículos vêm registrando aumento de vendas e materiais de construção, queda.