Braço da RAR e fundada por Raul Anselmo Randon, a Rasip conseguiu uma certificação para processamento de frutas orgânicas. A empresa é a terceira maior produtora de maçãs do país, vem investindo no projeto há um ano e agora se prepara para o lançamento.
A ideia é que a maçã livre de agrotóxicos chegue ao consumidor em 2021. Os custos são superiores e, por isso, o preço tende a ser maior do que a fruta convencional, o que é usual em relação a orgânicos no geral. A Rasip, no entanto, ainda não consegue projetar a diferença.
— Estamos estudando a adesão neste segmento há algum tempo e no planejamento estratégico de 2018 decidimos iniciar o plantio. Chegamos a um produto que mantém a excelência que caracteriza as frutas da RAR e com a certificação da área de processamento, faltam poucos ajustes para que possamos focar no lançamento para o mercado — destaca o diretor-superintendente da RAR, Sergio Martins Barbosa.
Até então, cinco dos 1,1 mil hectares de pomar da empresa são destinados ao plantio de maçãs orgânicas, mas os planos são de expansão. Segundo o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Organis), o mercado brasileiro do segmento faturou R$ 4 bilhões em 2018, o que é 20% a mais que o registrado em 2017.
A Rasip tem sede em Vacaria, nos Campos de Cima da Serra. É controlada pela RAR, que fechou o primeiro semestre de 2019 com 12% de crescimento no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado. É o melhor resultado em 40 anos. A abertura do mercado chinês a produtos lácteos brasileiros e o fim da substituição tributária para vinhos gaúchos, medidas divulgadas recentemente, animaram a empresa, que atua no segmento de alimentos.
— A expectativa é manter o ritmo e chegar ao final do ano com aumento de 20% no volume de negócios. Agora, com o anúncio do governo federal sobre a abertura da China aos laticínios brasileiros, vamos aproveitar o know-how que já possuímos no mercado externo para, no futuro iniciar a operação de exportação de lácteos — afirma o diretor Sergio Martins Barbosa.