A Região Metropolitana de Porto Alegre teve a maior deflação do país no mês de junho. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em -0,41%. É considerado o indicador de inflação oficial do país e é calculado pelo IBGE, a partir do acompanhamento da variação de preços em 16 regiões. Na média nacional, o IPCA foi de +0,01% no mês passado.
No país, um destaque para o recuo da inflação foi a queda nos preços dos alimentos. Em especial, o terceiro mês consecutivo de redução nas frutas e no feijão, itens que pesam no orçamento das famílias e, portanto, também no cálculo da inflação.
— Dependendo do tipo de fruta, as pessoas acabam consumindo menos nesta época do ano. A laranja também está com uma safra boa, por exemplo, então leva a uma baixa nos preços — explica o gerente de Índice de Preços do IBGE, Fernando Gonçalves.
No entanto, o maior impacto individual, nacionalmente e aqui no Rio Grande do Sul, foi a queda no preço da gasolina. Na média do país, o combustível ficou 2,04% mais barato - ou menos caro, dependendo da interpretação.
A Região Metropolitana de Porto Alegre teve a maior queda no preço da gasolina. A redução média ficou em -4,66%, principal motivo de termos a deflação mais intensa na pesquisa do IBGE. Sinal amarelo, no entanto, para o aumento que alguns postos de combustível praticaram nesta semana, confira: Postos de Porto Alegre aumentam gasolina em 50 centavos no dia em que Petrobras reduziu preço na refinaria
Acumulado de 12 meses
O acumulado de 12 meses mede a inflação de prazo mais longo e é usado como parâmetro de acompanhamento da inflação. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, recuou para 3,07% com a deflação de junho.
No país, a média caiu para 3,37%. Fica bem abaixo da meta do Governo Federal para a inflação desde ano, que é de 4,25%. Abre cada vez mais espaço para o Comitê de Política Monetária do Banco Central reduzir a taxa de juro. O Copom tem reunião nos últimos dias de julho e usa a Selic para controle de inflação.
Com a economia fraca, a reforma da Previdência em andamento, inflação recuando, estão fechados todos os principais quesitos para um juro menor no país. Há mais de um ano, a Selic está em 6,5% e é a taxa de referência da economia brasileira. A redução tende a deixar o crédito mais fácil e mais barato.