A Aelbra, mantenedora da Ulbra, ajuizou nesta sexta-feira (21) recurso tentando novamente autorização para a rede de educação entrar em recuperação judicial. A apelação tenta reverter a decisão do juiz Marcelo Lesche Tonet, da 4ª Vara Cível da Comarca de Canoas, que havia indeferido o pedido. A solicitação será avaliada pelo Tribunal de Justiça.
No texto do recurso, a instituição reforça que a recuperação judicial não beneficiará não apenas a Ulbra, mas também os credores. Argumenta que o mecanismo, usado para evitar a falência de empresas, permitirá a quitação das dívidas de forma mais organizada, segura e viável.
“A instituição lembra que dispõe de suficiente viabilidade operacional para se permitir pensar em sua perpetuidade quando superada a crise. Há crise econômica, mas não operacional”, diz trecho de comunicado a Ulbra.
A Aelbra garante que o recurso à Justiça não interfere na rotina acadêmica, nem nas atividades das escolas de Educação Básica da Rede Ulbra de Educação. Todas as disciplinas previstas continuam ofertadas, os trabalhos acadêmicos e escolares seguem normalmente, assim como o calendário de aulas e demais atividades.
Ao negar no pedido de recuperação judicial da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), o entendimento do juiz Marcelo Tonet foi de que não foram cumpridos os pressupostos processuais, o que leva à extinção do processo. O argumento foi usado pela própria União ao pedir o indeferimento.
O pedido de recuperação judicial da Ulbra foi ajuizado no dia 6 de maio à noite, conforme noticiado pela coluna Acerto de Contas já na manhã do dia seguinte. A solicitação englobava dívidas financeiras, com fornecedores e trabalhadores. O montante chega a R$ 2,4 bilhões. Outros R$ 5,8 bilhões são as dívidas tributárias, fazendo com que o endividamento total da empresa supere R$ 8,2 bilhões.
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