A inflação para o consumidor de Porto Alegre disparou. Calculado pela Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Preços ao Consumidor fechou março em 0,89%. Em fevereiro, o IPC ficou em 0,02%.
Foi o maior indicador entre as sete capitais pesquisadas pela FGV. Além disso, o acumulado de 12 meses saltou para 4,6%.
O grupo Transportes trouxe a maior alta de preços. É nele que entra, por exemplo, a gasolina. O item pesa no orçamento das famílias e, portanto, tem uma representatividade grande no cálculo da inflação.
Por alguns meses, a gasolina puxou a inflação de Porto Alegre para baixo. Com as elevações de preços chegando na bomba dos postos, o combustível voltou a aparecer entre as principais pressões de alta do indicador. E, agora, fechou fevereiro como a maior influência de alta. O acumulado do mês aponta aumento de 6,19% na média de preços.
Gasolina em alta
A gasolina já subiu R$ 0,38 no Rio Grande do Sul desde que começou a sequência de altas consecutivas no preço do combustível. O litro da comum está custando em média R$ 4,588, segundo a pesquisa da Agência Nacional do Petróleo disponibilizada no último sábado (30). Na semana anterior, estava em R$ 4,453.
Há pouco mais de um mês, a gasolina custava em média R$ 4,204. Foi na pesquisa do fim de fevereiro que a ANP identificou a primeira alta nos postos de combustível após 19 semanas de queda.
Com esta última elevação no Estado, a média atinge o maior patamar desde a primeira semana de dezembro. Ou seja, é a gasolina mais cara em quatro meses. O pico foi em outubro do ano passado, com a gasolina custando em média R$ 4,953 no Rio Grande do Sul.
Depois, a queda no preço do petróleo provocou redução na refinaria, na distribuidora e nos postos de combustível. Quando o "ouro negro" passou a registrar elevações no mercado internacional, o repasse ocorreu também na cadeia econômica dos combustíveis. A Petrobras não reduz o preço da gasolina na refinaria desde 2 de fevereiro. De lá para cá, o litro subiu quase 25% e já tinha registrado algumas elevações em janeiro.