Ficam em Cachoeirinha, na Região Metropolitana, a matriz e o centro de distribuição da Summit, uma empresa de materiais de papelaria com 55 escritórios espalhados pelo país. O produto é desenvolvido aqui no Rio Grande do Sul e fabricado em quase 30 empresas parceiras.
Diretor comercial, Guilherme Catta-Preta conta que a Summit aposta forte na expansão da Tris, marca de uma das suas linhas de produtos. Para se aprofundar no mercado, contratou uma empresa de São Paulo, a Talk, para uma pesquisa que ouviu por seis meses estudantes, escolas, professores, influenciadores do universo da educação e, principalmente, pais.
Nas conclusões enviadas para o programa Acerto de Contas (domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha), observa-se um interesse maior e até uma necessidade da participação dos pais no que a Summit chama de "vida criativa" dos filhos. Já gerou uma campanha de marketing com o mote "Quanto você acha que conhece seu filho?", perguntando, por exemplo, qual o prato preferido, o brinquedo que mais gosta, cor predileta e o que a criança será quando crescer. Parecem perguntas básicas, mas a ideia é refletir sobre a qualidade do tempo que se passa com as crianças e a importância disso na formação dos jovens.
Cruzando as informações com outras pesquisas, o diretor Guilherme Catta-Preta avalia que há um descompasso no que é ensinado nas escolas e as exigências do mercado de trabalho. Defende maior ênfase em aulas de artes, como música.
— Mais de 70% das empresas querem pessoas criativas quando selecionam profissionais. É preciso incentivar a imaginação das crianças. Usamos esse aprendizado para desenvolver produtos.
Olhar no ensino
O estudo identificou três tipos de visões dos pais quando se fala em processo de aprendizado. Confira:
Tradicional - Os pais não questionam a pedagogia da escola, se mostrando satisfeitos. O interesse está na absorção do conteúdo. Aula é aula, brincadeira é brincadeira. Valores são responsabilidade dos pais, enquanto os pais são coadjuntes no processo de aprendizagem.
Desperta - Os pais questionam a pedagogia da escola tradicional, mas escolhem mais pelo preço acessível e localização. Acreditam que a aula pode ser vista como brincadeira, mas o formato tradicional predomina. Valores são responsabilidade dos pais e da escola, mas há muitos tabus não discutidos e ainda pouco foco na autonomia, respeito e coletivismo. Muitos pais ainda se veem como coadjuvantes no processo de aprendizagem.
Participativa - Os pais questionam a pedagogia da escola tradicional e escolhem pelos ideiais de educação. O interesse está na absorção do conteúdo conectada com a forma que a criança vê o mundo, buscando da construção da autonomia. Aula é brincadeira, seguindo a linguagem da criança. Os valores e conteúdo não devem nunca se separar. Pais e escola são corresponsáveis na transmissão e assimilação do aprendizado. Tudo é responsabilidade de todos.
Ouça mais detalhes no programa Acerto de Contas. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha.