O Rio Grande do Sul registrou a criação de 311 novas lojas em 2018. O levantamento é da Confederação Nacional do Comércio e considera o saldo entre fechamentos e aberturas de estabelecimentos. O avanço vem depois de três anos negativos.
Mas ainda está muito longe de o varejo gaúcho recuperar o que perdeu ao longo da crise econômica. Dados da CNC para a coluna Acerto de Contas mostram que, de 2015 a 2017, foram fechadas 17.281 lojas.
— Vai demorar ainda alguns anos para recuperarmos as perdas da crise. Para ter uma ideia, o resultado de 2018 do varejo gaúcho não repõe nem 2017, quando o saldo ficou negativo em 412 lojas — comenta o economista da CNC, Fabio Bentes.
Conforme o levantamento, 15 das 27 unidades da federação tiveram saldo positivo. No entanto, São Paulo (+3.883) e Santa Catarina (+1.706) se destacaram, com resultados muito melhores que o do Rio Grande do Sul. Falando em região Sul, Paraná também se saiu melhor, com +762 lojas.
No país, o saldo de abertura de lojas ficou positivo em 8,1 mil unidades. Para 2019, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo projeta crescimento de 5,8% no volume de vendas do varejo.
— Levando-se em conta esse cenário e a defasagem existente entre o crescimento das vendas e a natural contrapartida na abertura de novos pontos de venda no varejo nacional, a expectativa da entidade é de que, ao fim deste ano, aproximadamente 23,3 mil novos estabelecimentos com vínculos empregatícios sejam abertos no setor. Confirmada essa expectativa, o ano de 2019 apresentará, portanto, o maior saldo de abertura de lojas desde 2013 — conclui o economista.
