O Itaú divulgou ao mercado nesta quinta-feira (01) uma pesquisa com foco em detalhar a situação fiscal dos Estados. Entre centenas de dados sobre despesas, receitas e déficits, chama a atenção um slide chamado "Ativos Privatizáveis".
Nele, o banco lista quais seriam as estatais com potencial de privatização em sete unidades da federação. O Rio Grande do Sul é o que tem mais ativos citados.
Aqui do Estado, são mencionadas cinco estatais, já informando o nome do governador eleito, Eduardo Leite. Ao lado de cada uma, o Itaú coloca o quanto ele estima que cada empresa vale. Veja abaixo:
A coluna Acerto de Contas pediu ajuda à colega de GaúchaZH Juliana Bublitz, especialista em finanças públicas, para saber o andamento das discussões sobre privatização das estatais citadas pelo Itaú. Confira:
CEEE (valor estimado pelo Itaú: de R$ 900 milhões a R$ 1,2 bilhão)
Companhia Riograndense de Mineração CRM (valor estimado: de R$ 100 milhões a R$ 200 milhões)
Sulgás (não é informado um valor)
A discussão está parada na Assembleia Legislativa. O governo de José Ivo Sartori enviou propostas de emendas constitucionais para tirar a exigência de plebiscito para decidir sobre a privatização. Só que as PECs nem foram votadas. Depois, Sartori tentou que os deputados aprovassem que fosse feito um plebiscito junto com a eleição, o que foi rejeitado. Inclusive, a maioria da bancada do PSDB votou contra, com orientação de Eduardo Leite. O governador agora eleito disse que Sartori poderia fazer uso político e que a discussão precisava de mais tempo.
No entanto, Leite disse que é a favor da privatização dessas estatais. Inclusive, é prioridade para os primeiros 100 dias de governo conversar com a Assembleia Legialtiva para definir como conduzirá o assunto. Lembrando que as três estão no pré-acordo do plano de recuperação fiscal com a União.
Banrisul (valor estimado: R$ 8,9 bilhões)
Corsan (valor estimado: R$ 1,3 bilhão a R$ 2 bilhões)
Eduardo Leite é contra a privatização do Banrisul e da Corsan. Deixou claro isso na campanha.