Em outubro de 2016, o Banco Central começou a reduzir os juros em um ciclo que terminou há alguns meses. Desde então, a Selic é mantida em 6,5% ao ano.
Apesar da redução dos juros da economia brasileira, o Tesouro Direto ainda é uma indicação de investimentos interessante. No último programa Acerto de Contas, a coluna entrevistou os sócios da gestora de fundos Quantitas, de Porto Alegre, e perguntou qual o melhor título para comprar agora. É momento turbulento de eleições e a economia ainda não trouxe a retomada esperada. A recomendação foi do sócio Rogério Braga, responsável pela área de renda fixa da gestora de fundos:
- Eu recomendo agora NTN-B com vencimento em 2024. Está pagando IPCA mais quase 6% de juro. Ou seja, tem uma rentabilidade relevante além da inflação. Não recomendo comprar títulos pré-fixados. Se for eleito um candidato que não seja a favor das reformas, o juro destes títulos tende a subir porque o chamado "prêmio de risco" ficará maior para atrair o investidor para comprar o papel - detalha Braga.
O Tesouro Direto permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, via banco ou corretora. Não é preciso aplicar em um fundo de investimentos.
Taxas
Um movimento de grandes bancos tem chamado a atenção. As instituições financeiras estão isentando de taxas os investimentos no Tesouro Direto, além de outras opções de renda fixa.
Corretoras já fazem isso há alguns anos. Usam o Tesouro Direto como atrativo para captar clientes. Potencializa a chance de que venham a adquirir outros produtos financeiros.
A concorrência das corretoras é um dos motivos para a decisão dos grandes bancos. O outro é a redução da taxa de juros Selic. Com rentabilidade menor mais uma taxa administrativa, os investimentos perdiam atratividade.
Ouça entrevista no programa Acerto de Contas. Domingos, às 6h, na Rádio Gaúcha.