Quem compra títulos do Tesouro Nacional está emprestando dinheiro ao Governo Federal. Por isso, se diz que é um investimento tão seguro quanto a poupança. São aplicações financeiras interessantes no longo prazo quando a pessoa compra pensando em resgatar o dinheiro no vencimento do papel. No entanto, também há quem compre para vender antes, apostando que o mercado vá pagar mais pelo título.
Tesouro IPCA+
Em especial, um título do Tesouro Direto costuma ser o queridinho dos mais conservadores. É o IPCA+, que paga o juro acertado na hora da compra mais a inflação oficial, ou seja, mantém o poder de compra do dinheiro.
— Até há outros títulos que têm uma rentabilidade igual, mas este é o que traz a melhor relação risco/retorno — analisa o gestor de investimentos da Quantitas, Matheus Gallina.
Este título tem duas opções. Uma delas paga o juro semestral para o investidor e costuma ser escolhida para quem precisa da renda periodicamente. A outra reaplica o juro, que seguirá rendendo.
Apesar da queda da Selic, os juros pagos pelo IPCA+ seguem atrativos. Os papeis de prazo mais longo ainda estão pagando juros superiores a 5%. Em épocas mais turbulentas da economia, estava com taxa superior a 7%, o que faz uma diferença enorme na mágica dos juros compostos.
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Até quando uma taxa de 5% irá se sustentar?
Gallina projeta que até o início do ano que vem, a taxa cairá um pouco. Mas lembra que o cenário eleitoral para o ano que vem está bastante incerto. Em tese, quando a economia está complicada, o Tesouro Direto tem taxas mais altas para atrair o investidor. E vice-versa.
Ouça entrevista de Matheus Gallina ao programa Acerto de Contas, na Rádio Gaúcha: