Recentemente, a Nestlé anunciou que não usará mais estabilizantes em linhas de produção de leite longa vida (UHT). Vale para as marcas Ninho e Molico. A decisão engloba também a fábrica que a marca tem em Carazinho, no Rio Grande do Sul. A unidade existe desde 2010.
Para a conversão na linha, a empresa suíça investiu R$ 140 milhões nos últimos cinco anos. Diz que o produto se torna "clean label", expressão que é traduzida como "rótulo limpo". O estabilizante é um composto químico. É usado antes de o leite ser pasteurizado para que sejam mantidas características do produto.
A partir de outubro, todos os leites longa vida da marca não terão estabilizantes. Além da unidade gaúcha, foram adaptadas as linhas de produção em São Paulo e no Rio de Janeiro.
"A Nestlé tem investido fortemente na jornada de melhoria do leite, desde a remuneração de produtores por qualidade, a implementação do programa Boas Práticas na Fazenda e a rastreabilidade de 100% do leite - todo esse processo tem o objetivo de fomentar a cadeia, levando um produto cada vez melhor para os consumidores. Esse movimento inclui, ainda, o estímulo à produção do leite orgânico, que será lançado pela Nestlé em 2019." - diz a empresa em comunicado.
A Nestlé anunciou em 2017 que incentivaria a produção de leite orgânico, ou seja, sem uso de agrotóxicos. Também passou em 2018 a pagar bônus a pecuaristas que criam vacas sem tratamento com hormônios.
