Mal virou o mês e a coluna Acerto de Contas já recebeu uma mensagem do vice-presidente da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo falando sobre as vendas de agosto e a aposta para o frio de setembro. A análise de Sérgio Galbinski, também dono da Casa Louro, traz boas perspectivas com mais prazo para as vendas do estoque de inverno.
- Vendi mais em agosto do que em julho e credito ao frio. Várias lojas de vestuário estão com o mesmo resultado, o que não é comum. Em especial, no Dia dos Pais. As liquidações funcionaram. Temos boas perspectivas para setembro, que promete continuidade de frio - diz o empresário.
Galbinski também consultou representantes da AGV pelo interior do Rio Grande do Sul e enviou as percepções:
Robson Silva, da CDL Santo Ângelo:
"Tivemos um leve aquecimento, com um aumento da confiança dos empresários. Estão vendo melhora no vestuário, automóveis e construção. O dinheiro está difícil, no entanto, devido ao crédito. É o 'dodói' do momento. O crédito está curto e muitas pessoas estão sem. O consumidor está com o crédito restringido. Tira o poder de consumo. Principalmente para compra de bens duráveis."
Marli Rigo, de Santa Maria:
"A liquidação funcionou bem. Faço transferência e não retiro o que é de melhor da loja. É época de beneficiar o consumidor e de desapego. Entrando dinheiro para pagar o custo já está bom. Ganhamos no giro."
Augusto Henrique Ruhrwiem, da CIC de Teutônia:
"Tivemos duas situações. No varejo infantil, batemos metas. O crescimento superou 10% em relação ao ano passado. Frio e liquidação foram os motivos. Já o segmento de magazine ficou abaixo do esperado, por falta de grana e liquidações antecipadas pela concorrência. Alguns têm queda e outros, crescimento. Instabilidade é o que vem marcando o ano. O que todos percebem, no entanto, é a busca por produtos mais baratos."
Jaques Eskenazi Neto, de Santa Maria:
"As lojas aqui estão comemorando boas vendas do mês. O frio e a liquidação ajudaram, mas no caso das confecções. Outros ramos não tiveram o mesmo desempenho."
Roberto Estivallet, de Passo Fundo:
"Tivemos a Liquipasso (uma liquidação realizada em Passo Fundo), o que estimulou a venda no final do mês. Lembrando, no entanto, que o crescimento ocorre em cima de um número baixo. Reflete, inclusive, o crescimento baixo do PIB do segundo trimestre."
Milton Pires, CDL de Viamão:
"Aqui, as liquidações não aconteceram. Não percebemos mudança. O comércio de roupas está andando de lado. Apenas as lojas de redes têm mantido movimentação positiva, mas tímida. Pequenos loijistas reclamam muito."