A Crysalis recorreu, mas a Justiça manteva a falência da calçadista de Três Coroas. A quebra foi determinada pelo judiciário, transformando a recuperação judicial em falência.
No recurso em que tentou suspender a decisão, a fabricante de calçados alegou que a falência é capaz de produzir "prejuízos gravíssimos", citando o fato de estabelecimento ser lacrado e as atividades, paralisadas. Argumentou que inviabiliza o cumprimento dos compromissos com os clientes e elimina 461 postos de trabalho.
A Justiça, no entanto, lembrou que o endividamento da Crysalis continuou crescendo mesmo com a recuperação judicial. Fez referência à falta de lucratividade do negócio e capacidade de manter-se no mercado.
"Faturamento negativo aliado a uma dívida fiscal superior a 10 milhões e que pode abarcar todos os bens. Nada garante a viabilidade das empresas."
A empresa ainda pode recorrer da decisão. Reverter uma falência, no entanto, é algo difícil para as empresas. Há sempre o receio que de que as dívidas continuem crescendo e torne-se cada vez mais difícil pagar credores.
Questionado pela coluna Acerto de Contas sobre o que deve ocorrer a partir de agora, o administrador judicial Roberto Carlos Hahn, do escritório Hahn & Volkart, disse que será dada continuidade à decisão que decretou a falência. O total de dívidas supera R$ 50 milhões.