Apenas uma em cada dez dívidas tomadas por terceiros no nome do consumidor é totalmente paga. Ou seja, as demais acabam em calote mesmo. O estudo foi divulgado pelo SPC Brasil.
Emprestar o nome para um amigo ou familiar gastar é considerado de alto risco pelos especialistas em finanças. Exatamente pela dificuldade de honrar o pagamento.
Para quase a metade (49%) dos entrevistados, a dívida ainda está em aberto ou sendo negociada. Enquanto isso, 30% tiveram de se responsabilizar sozinhos pelo pagamento das compras feita por terceiros.
Outro dado do estudo é que em 25% dos casos, a pessoa desapareceu após usar o nome emprestado. Em geral, as dívidas superam R$ 1,5 mil.
Não adiantou cobrar
O SPC perguntou se as pessoas cobraram a dívida da pessoa que pediu o nome emprestado e 84% disseram que sim. Só que 71% não receberam pagamento algum, mesmo assim.
Juro alto
O que piora a situação é que a forma mais comum de emprestar o nome é pelo cartão de crédito, opção citada por 52% das pessoas e a que tem o juro mais caro do mercado. O cartão de loja ficou em segundo lugar, com 23%.
O óbvio...
- Quem pede o nome emprestado muito provavelmente já tem dívidas em atraso e está com dificuldades de obter crédito por causa da restrição ao CPF. Sendo assim, quem se arrisca a ajudar esse tipo de pessoa, precisa assumir o risco de não receber o dinheiro ou receber fora do prazo esperado. O recomendável é não emprestar ou emprestar apenas um valor que não fará falta no orçamento - orienta a economista Marcela Kawauti.