A venda de imóveis novos cresceu 175% em março na comparação com fevereiro em Porto Alegre. Em relação ao mesmo mês do ano passado, dobrou.
Foram 393 unidades, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil. Os apartamentos de dois dormitórios foram os mais vendidos, representando mais da metade do total comercializado. Os bairros que apresentaram maior volume de vendas em março são Jardim Lindóia, Teresópolis, Rubem Berta, Humaitá e Santana.
Está longe, no entanto, de reverter os últimos 12 meses, quando foram negociadas 3.081 unidades. É uma queda de 18,71% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, quando as negociações já tinham caído com a crise econômica. No acumulado, os apartamentos de dois dormitórios representam 43,33%; os de três dormitórios, 29,6% e salas/conjuntos, 10,42%.
O estoque atual na cidade está em 3.831 unidades, distribuídos em 162 empreendimentos, sendo 5% na planta, 60% em obras e 35% concluídos. Considerando a média de vendas nos últimos 12 meses, o estoque levará 15 meses para ser comercializado caso não ocorram novos lançamentos, estima o Sinduscon-RS.
2017 foi fraquíssimo
Revista Exame e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) lançaram o mapeamento do mercado imobiliário brasileiro com o cálculo do preço médio do metro quadrado nos principais bairros de 259 cidades do país, um estudo sobre tendências e variação de preços. A publicação mostra que o segmento tem superado a crise, mas muito lentamente. Na média, os valores caíram 0,45% em 2017, o pior resultado da década.
Os municípios em que houve aumento de preços no ano passado ficam no Sul, principalmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Porto Alegre, no entanto, teve queda de 0,1% e o mercado teve em 2017 um dos seus anos mais fracos. Apartamentos vendidos antes da recessão foram devolvidos, aumentando o estoque para mais de 4,3 mil imóveis. Foi o número mais alto desde o início de 2014.