Os dados da economia estão decepcionando. A prévia do PIB mostrou que a economia brasileira recuou seis meses. Além disso, a taxa de desemprego voltou a aumentar.
O reflexo disso já aparece nas negociações salariais. A Fipe divulgou o boletim Salariômetro de abril e já avisou que são "tempos difíceis para fechar a negociação". Os reajustes estão em queda. O número de convenções coletivas protocoladas no Ministério do Trabalho caiu 71% no primeiro quadrimestre de 2018.
Em abril, o reajuste mediano foi 2,1%, ainda com ganho real por ser acima do INPC. Só que apenas 74,2% das negociações salariais de abril deram aumentos maiores que a inflação, ou seja, com ganho real. Foi o menor índice do ano.
Houve dois acordos de redução de jornada e salário em abril. A Fipe ressalta que a massa de rendimentos reais do trabalho, medida pela Pnad, está em queda, assim como a folha salarial.
Em 12 meses, o Rio Grande do Sul teve mediana de reajustes de 1% acima da inflação, pouco abaixo da média nacional. O piso salarial aqui fica em R$ 1.229, o quarto maior do país.