O Grupo Superpan decidiu parar a produção de pães na fábrica de Rio Pardo. O motivo é a falta de insumos e a impossibilidade de enviar a produção para os clientes, devido à greve dos caminhoneiros.
A empresa está com 80 caminhões retidos em bloqueios no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Todos têm risco de ficar sem diesel e os produtos ainda estragarem. Alguns foram apedrejados, afirma a empresa.
- Se continuar, serão duas semanas sem vender, sem faturar. Nenhuma empresa aguenta. É desesperador - conta o presidente do Superpan, Arildo Bennech Oliveira.
A empresa emprega 1 mil pessoas, que estão paradas, fora pequenas manutenções e treinamentos. O faturamento diário fica entre R$ 1,2 milhão e R$ 1,5 milhão.
São produzidas 300 toneladas de pão por dia. Para não dizer que a Superpan não está fabricando, estão sendo produzidas 5 toneladas na fábrica de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. São alimentos para abastecer hospitais, Brigada Militar e também para presídio.
- Os caminhões de gás, farinha e pão estão sendo escoltados. Mas nesta quarta-feira deve acabar o fermento. Para hospitais, estamos transportando em carros menores - diz o executivo.
Oliveira participou de reunião à noite passada com outros empresários da indústria gaúcha. Conta que as perdas são generalizadas e alerta para o aumento de preços.
- Se a greve terminasse hoje, há setores que ainda precisariam de até 90 dias para normalizar a operação.