Acabou de ser marcado para esta terça-feira (10) um leilão para venda de ações preferenciais do Banrisul. São papéis sem direito a voto, diferentes das ações ordinárias.
Para a venda destas ações, não é necessária assembleia de acionistas.
O BTG Pactual está conduzindo a operação. São 26 milhões de ações com um preço mínimo de R$ 18 cada. Ou seja, o leilão renderá R$ 468 milhões no mínimo.
Segundo um analista de mercado que prefere não se identificar, o governo praticamente liquidará a sua posição em ações preferenciais, chamadas de PNB. Ficaria com 50,6% do capital total. Como essas ações não dão direito a voto, sua venda não tira o controle do governo sobre o banco.
"BANRISUL
A REALIZAR-SE NA B3 EM 10/04/2018
CÓDIGO BRSR6
QUANTIDADE 26.000.000 ações
REPRESENTANDO 12,75% do capital social das PN e 6,35% do capital total
PREÇO R$ 18,00 por ação
DATA/HORA 10/04/2018, das 12h15 às 12h30
INTERMEDIADORA BTG PACTUAL CTVM S.A. (085)"
Quando anunciou a venda de ações em outubro, a Secretaria Estadual da Fazenda chamou a operação de "Desinvestimento do Governo do Estado em Ações Preferenciais do Banrisul". Justificou a medida pelo agravamento do desequilíbrio fiscal e pela falta de recursos.
O governo espera, no entanto, arrecadar mais de R$ 500 milhões com a operação. Consultado sobre o leilão desta terça-feira, o Banrisul disse que não iria comentar.
Na sexta-feira, o Banrisul divulgou fato relevante dizendo que o governo do Estado desistiu de oferta pública de ações do banco. A Secretaria da Fazenda explica que a desistência se referia às ações ordinárias, as ONs. O motivo era o baixo preço das ações. A operação anterior era mais estruturada, mas também mais cara.
Além disso, o Banrisul trabalha com a abertura de capital de uma subsidiária. A ideia é fazer o IPO da Banrisul Cartões.