Presidente mundial do Walmart, Doug Mcmillon elogiou o ambiente econômico dos Estados Unidos, citando a reforma tributária aprovada recentemente pelo Congresso e que reduz impostos das empresas. Falou ainda do preço baixo da gasolina, algo que tem pesado no bolso e no descontentamento do brasileiro. O executivo deu uma das palestras de destaque do primeiro dia da NRF 2018, aqui em Nova York.
- Estamos em um local muito bom do ponto de vista de consumo – complementou McMillon.
Há poucos dias, o Walmart anunciou o fechamento de mais de 60 lojas do Sam´s Club, cortando mais de 10 mil empregos. No Brasil, a rede norte-americana também está fechando operações e as que ficam estão sendo transformadas. No Rio Grande do Sul, é o que acontece com as lojas BIG e Nacional, inclusive. Estas marcas serão extintas.
Questionado se o varejo vai acabar, McMillon disse que não. Que são os clientes é que vão decidir quem fica ou não.
- Tem muitas pessoas criativas nessa sala. Que fazem acontecer. E os clientes hoje são famílias ocupadas, que são muito racionais. Preço e experiência são sempre importantes. Sortimento também. O varejo muda. Se você está entediado, não está prestando atenção.
Lembro que os consumidores hoje são bem informados e que nem sempre vão gostar das decisões da empresa. Nem sempre são opções populares, acrescentou o presidente da rede.
- Quem odeia o Walmart? O que eles dizem? Será que tem validade o que dizem?
O executivo falou ainda como o Walmart está virando também uma empresa de tecnologia. Acrescentou que está aprendendo mais com a China do que com qualquer outro país do mundo. A empresa cobra US$ 1 para fazer entregas em 30 minutos.
* Giane Guerra está cobrindo a edição 107 da NRF 2018, em Nova York. Cobertura com o patrocínio de Sindilojas e CDL Porto Alegre.