Advogado no processo de recuperação judicial da Guerra Implementos Rodoviários, Angelo Coelho ingressou na Justiça com recurso. Pede efeito suspensivo e reversão da decisão que decretou a falência da empresa de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha.
Entre os argumentos, está a existência de investidores interessados em colocar recursos na empresa. Segundo Coelho, seria a possibilidade de recuperar a operação. Advogado chegou a citar "comoção geral" provocada pela falência. Enfatizou ainda a necessidade de que a decisão seja avaliada em duplo grau de jurisdição, considerando o impacto social.
— Ainda há condições de a Guerra retomar as atividades, equacionar dívidas e efetivamente se recuperar, o que será inviável se aguardando o julgamento do mérito — diz Coelho, argumentando sobre a necessidade de suspensão da falência.
A falência da Guerra foi decretada na semana passada pela 4ª Vara Cível de Caxias do Sul, abrindo espaço para que o patrimônio da empresa comece a ser liquidado. As dívidas superam R$ 200 milhões. O advogado Angelo Coelho tentava vender parte dos ativos na forma de Unidade Produtiva Isolada, evitando a transferência de passivo para o investidor.
O recurso pede também anulação de assembleia de credores e pedindo uma nova votação. Há divergência entre acionistas majoritários e minoritários sobre o plano de recuperação.