Em poucas semanas – que já sentimos como se fossem anos –, a pandemia do coronavírus lançou o mundo em uma tempestade de incerteza. Quanto tempo vai durar? Qual será o saldo? O que podemos fazer enquanto isso? Em uma situação como essa, tudo que queremos é que termine o mais rápido possível e que o dano seja o mais reduzido, dentro das circunstâncias.
Seja quando está em jogo nossa saúde, nossa família ou nosso dinheiro, a incerteza é parte inseparável da vida. Das pequenas às grandes coisas. Se há algo que ajuda a reduzir a incerteza é a ciência. É nela que confiamos para saber as medidas de prevenção ao coronavírus – está bem explicado nos veículos de imprensa, não deixe de ler. É da ciência que esperamos vacinas e medicamentos que ajudem a prevenir e a tratar esta e de todas as outras doenças.
Mas não apenas isso. A ciência está no carro em que andamos, nas roupas que vestimos e nos alimentos que comemos (pense em toda a tecnologia utilizada pela agricultura e pela indústria). Até mesmo quando jogamos na loteria, estamos lidando de alguma forma com a ciência, mesmo que pelo avesso – no caso, desprezamos a baixíssima probabilidade de ganhar para focar no pensamento mágico de que seremos os escolhidos. Mas bem que a ciência da estatística avisa: o mais provável é que você apenas perca o dinheiro da aposta.
É irônico para o mundo em que vivemos, de tanto desprezo pelo conhecimento, pela educação e pelo estudo da história, que nossa esperança de superar a crise do coronavírus esteja justamente na ciência. É ela que reduz a angústia da incerteza. Em um tempo de proliferação de bizarras teorias da conspiração sobre os mais diversos domínios da experiência humana, precisamos mesmo é dos pesquisadores, das evidências. Não confie sua vida a uma mera opinião. Exija dados.
Viverá sua vida na plenitude aquele e aquela que melhor souber extrair o máximo de proveito do conhecimento acumulado e constantemente atualizado pela humanidade. Que os erros do passado sirvam de lição para não serem cometidos outra vez no presente. Que se prestigiem os livros, as pesquisas, as universidades, as escolas, os institutos, os professores e os alunos – que somos todos nós, pois nunca terminamos de aprender. Sábio não é aquele ou aquela que carrega as mesmas certezas por toda a vida, mas quem tem a humildade de sempre se questionar. Você tem um minuto para ouvir a palavra da ciência?