Com casos confirmados no Brasil, o país está em alerta em relação ao coronavírus. O Ministério da Saúde já divulgou orientações para evitar um possível avanço sobre o território nacional. Abaixo, listamos recomendações de infectologistas e conselhos de uma consultora de etiqueta para aliar segurança e educação:
Evitar tocar nos olhos, nariz e boca
— Essa é a orientação principal: manter as mãos longe da face, se possível — destaca o médico Eduardo Sprinz, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
O avanço do coronavírus ainda é muito recente, por isso, os estudos sobre fatores de transmissão ainda são pouco conclusivos. Mas a comunidade médica acredita que a maior transmissibilidade seja pela via respiratória. Tocar olhos, nariz e boca apenas com as mãos higienizadas é uma boa maneira de evitar o contato do vírus com as vias aéreas.
Lavar as mãos com frequência
Como é difícil evitar o hábito de tocar nos olhos, nariz e boca, uma recomendação auxiliar é manter as mãos sempre limpas, lavando diversas vezes ao dia. Sabonete em barra ou líquido é suficiente para realizar a limpeza, mas álcool gel também é uma alternativa.
— Para uso geral, qualquer sabonete do mercado pode servir, mas o álcool gel é mais prático, dá para levar na bolsa, usar em diferentes situações — recomenda o infectologista Alberto Chebabo.
Se for espirrar, cubra a boca e o nariz com o cotovelo
Mesmo quem não apresenta os sintomas do coronavírus pode estar contaminado. Convém proteger o rosto ao espirrar para evitar uma possível propagação de vírus no ambiente.
Objetos usados com frequência devem ser higienizados. O celular, por exemplo, pode ser limpo com uma gaze com álcool etílico ou isopropílico. No entanto, a melhor orientação é lavar as mãos sempre que possível após o uso do aparelho.
Evitar a roda de chimarrão
É necessário suspender a roda de chimarrão. Segundo a consultora de etiqueta Angela Pimentel, ter consciência sobre o momento vivido ajuda a fortalecer as pessoas a negar com elegância ou propor alternativas ao mate:
— Trata-se de uma questão de cuidado. Cada pessoa precisa ter consciência de que este é um momento em que as atitudes devem ser comedidas. De forma mais elegante, é possível adotar um hábito mais seguro, como cada um ter seu próprio chimarrão.
Aperto de mãos sob suspeita
Com o vírus circulando de fato, o aperto de mãos deve ser abolido, destaca o infectologista Eduardo Sprinz.
Para a consultora de etiqueta Angela Pimentel, é possível demonstrar apreço e respeito com outros gestos:
— Neste momento, não será deselegante adquirir hábitos como os dos orientais, que não estendem a mão, apenas acenam com a cabeça.
Cautela com as máscaras
O uso de máscaras no cotidiano não é recomendado para a população em geral. A máscara deve ser usada por pessoas contaminadas ou por agentes de saúde em contato com pacientes em tratamento. Isoladamente, o artefato não garante proteção alguma. Tanto para médicos como pacientes, a máscara é apenas parte de um ambiente de controle e segurança.