Entre 1997 e 2005, Franco Moretti publicou dois livros que revolucionaram a maneira como se estuda literatura – e iniciou uma polêmica que dura até hoje. Em Atlas do Romance Europeu (1800-1900) e A Literatura Vista de Longe (lançados no Brasil, respectivamente, pela Boitempo e pela Arquipélago), o critico italiano propôs analisar as obras não a partir de uma leitura detalhada das minúcias da linguagem, como sempre foi o ofício da crítica, mas por meio de uma visão panorâmica da geografia dos espaços em que a ação se passa, dos padrões de palavras que se repetem nos livros de uma mesma época e outros recursos quantitativos. Seu método ficou conhecido como “leitura distanciada”.
Leitura distanciada
Os computadores são os novos críticos literários?
Desde 2010, o Literary Lab de Stanford reúne pesquisadores que combinam crítica literária e ciência da computação para entender a ficção
Fábio Prikladnicki
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