A renovação de contrato de Kannemann está na pauta do Grêmio. E garantir a sua permanência na Arena é considerado fundamental. Mas não é algo simples, principalmente pela questão financeira.
O zagueiro está no primeiro patamar salarial, ao lado de Geromel. Neste ano, em função da Série B, com uma redução drástica de cota de TV, o clube está com dificuldades de manter a folha de pagamento de R$ 10 milhões por mês. É claro que a convicção é total de que o Grêmio vai subir e recuperar esta receita em 2023.
Mas como oferecer a Kannemann um novo contrato, neste patamar, sem ter a certeza do acesso? Aí é que está o problema. A garantia da classificação só vem no final do ano, o que pode ser muito tarde. Como o vínculo termina em dezembro, a partir de julho o argentino já tem como assinar pré-contrato com outro clube.
Aos 31 anos, ele é extremamente valorizado no mercado. Certamente ofertas vão chegar para um zagueiro de alto nível em final de contrato. É muito comum no futebol o oferecimento de luvas de valor elevado para quem fica livre.
Para o Grêmio, a saída será conversar. Pelo caráter que tem, certamente Kannemann não vai tomar nenhuma decisão sem esgotar todas as possibilidades de ficar no clube gaúcho, onde está desde 2016. Se ele estiver disposto a esperar um pouco, quando o cenário da projeção financeira de 2023 estiver mais definido, me parece que a renovação poderá acontecer. Esta questão será decisiva.