A rescisão do contrato de Maicon com o Grêmio pegou muita gente de surpresa. Mas o fato é que este final de relação já estava se desenhando há algum tempo. Primeiro, em abril de 2021, logo após a eliminação da Libertadores e a saída de Renato Portaluppi, o jogador tinha comentado internamente sobre o desejo de antecipar a sua saída do clube. Na época, a questão foi contornada.
Depois, em agosto, Maicon tinha anunciado em suas redes sociais que deixaria o Grêmio em dezembro, ao final do contrato. Mas, no final da tarde de segunda-feira (30), veio o anúncio da rescisão.
A decisão ocorreu durante o domingo (29), após a sua expulsão contra o Corinthians. No Grêmio, pelo desgaste da relação, a saída foi considerada importante. Alguns profissionais do clube e integrantes da direção não gostaram do comportamento do jogador depois de receber o cartão vermelho. Na segunda-feira, Maicon já estava no Rio de Janeiro. Em Porto Alegre, a rescisão foi tratada pelo empresário Jorge Machado, em uma reunião com o vice de futebol Marcos Herrmann.
O volante só deverá voltar da capital carioca na segunda-feira (6), quando pretende dar uma entrevista coletiva de despedida.
Sobre o futuro, a primeira decisão que está sendo amadurecida é que ele não jogará até o final de 2021. Maicon só disputou quatro partidas no Campeonato Brasileiro e poderia atuar em outro clube. Mas não é esta a sua intenção.
O objetivo é ficar até o final da temporada cuidando da sua forma física, para decidir com calma o que vai fazer em 2022. No dia 14 de setembro, ele vai completar 36 anos. Existe a possibilidade de assinar com outro clube no ano que vem. Mas desde que o jogador se sinta bem e apareça um projeto interessante.
Depois disso, a meta é ser técnico. Maicon está fazendo o curso da CBF Academy para ter a licença para trabalhar. E eu não duvido que um dia ele volte para o Grêmio, mas como técnico.