A venda de Everton para o Benfica-POR está praticamente concluída. O negócio só não foi finalizado ainda por causa de exigências do Grêmio sobre cláusulas e percentual dos direitos econômicos. Esta é uma estratégia bem-sucedida em negócios anteriores, que rendeu dinheiro ao clube mesmo após a saída dos atletas.
Para entender melhor, é importante lembrar de alguns exemplos. Arthur foi vendido em 2018 para o Barcelona, mas seguiu rendendo receitas para o Grêmio em virtude de cláusulas de bônus por metas atingidas. O clube gaúcho recebeu valores importantes quando ele completou 10 jogos na Espanha e com o título espanhol da última temporada. E ainda poderá receber 1 milhão de euros em caso do título da Liga dos Campeões.
Outro exemplo é o volante Walace, vendido para o Hamburgo em 2017. No ano seguinte, ele foi negociado com o Hannover, e o Grêmio recebeu cerca de R$ 2,5 milhões, pois tinha ficado com 10% dos direitos econômicos do atleta.
Isto também poderá acontecer no futuro com Tetê. Se ele for negociado pelo Shakhtar, o clube gaúcho terá direito a 15% da diferença de valor entre o que o clube ucraniano pagou para a quantia que receberá para liberar o atacante. Para ficar claro: o Shakhtar pagou 15 milhões de euros por Tetê (o Grêmio ficou com 10 milhões de euros). Se o atleta for vendido, por exemplo, por 45 milhões de euros para outra equipe, o Grêmio tem direito a 15% da diferença de 30 milhões de euros. Neste caso, ficaria com 4,5 milhões de euros (cerca de R$ 25 milhões).
E tem mais. Jaílson foi vendido em 2018 para o Fenerbahce. O Grêmio mantém 20% dos direitos econômicos. Estes são apenas alguns exemplos. E é justamente por isso que os detalhes finais da negociação para a venda de Everton estão demorando.
Todas estas questões, como cláusulas e direitos econômicos, novamente estão sendo tratadas pelo presidente Romildo Bolzan e o CEO Carlos Amodeo, com o objetivo de novamente fazer o melhor negócio possível para o clube, com uma transação muito bem estruturada.