Nos últimos anos, a prisão de dirigentes da Conmebol virou rotina. Desde 2015, quando estourou o escândalo de corrupção na Fifa, alguns ex-presidentes da entidade foram detidos.
Os mais famosos foram o paraguaio Nicolás Leóz (presidente entre 1986 e 2013) e o uruguaio Eugenio Figueiredo (2013 e 2014). Leóz ficou os últimos anos da sua vida em prisão domiciliar no Paraguai e morreu em 2019 após um infarto. Figueiredo foi banido do futebol e pagou multa de US$ 1 milhão.
Já o terceiro ex-presidente da Conmebol envolvido em esquema de corrupção segue preso. O paraguaio Juan Angél Napout assumiu em 2015 e logo depois foi apanhado pelo FBI. Está até hoje em uma prisão dos Estados Unidos, condenado a cumprir pena de nove anos por múltiplos crimes de corrupção relacionados ao futebol.
Napout chegou a ser vice-presidente da Fifa e ganhava espaço como um dos mais influentes dirigentes do futebol sul-americano. Envolveu-se no esquema de propinas nos pagamentos dos direitos de TV das competições da Conmebol.
Depois de todos estes escândalos, a entidade continental mudou. Hoje administrada por Alejandro Domínguez, presta contas e passa uma imagem diferente.
Outro cartola envolvido em problemas com a Justiça, o brasileiro José Maria Marín, ex-presidente da CBF, que chegou a ficar preso com Napout nos EUA, conseguiu redução de pena e teve autorização para retornar ao Brasil neste ano.