A Conmebol permanece trabalhando para terminar a Libertadores de 2020 dentro de campo e com a mesma fórmula de disputa. Este é o objetivo. Para isso, a entidade cogita até estender a competição até o início de 2021, esperando a evolução do combate ao coronavírus na América do Sul.
Nos bastidores, a movimentação é intensa, com ideias e propostas inovadoras. Uma delas é a do Uruguai, que deseja receber o restante da competição. Por enquanto, esta possibilidade não está sendo considerada. Só que se o cenário para a retomada da Libertadores não evoluir, eu não descartaria o torneio em sede única.
Para que isso fosse viável, seria preciso mudar o formato da Libertadores e diminuir o número de jogos. O exemplo está na Europa, com o que a Uefa está fazendo para terminar a Liga dos Campeões. A reta final será disputada em Portugal, em jogos únicos nas quartas de final, semifinal e final.
Esta seria a solução para a Conmebol. Eliminando os jogos de ida e volta a partir das oitavas de final é possível diminuir a competição de 11 para oito datas. A Libertadores ficaria assim:
Quatro datas para terminar a fase de grupos (incluindo o Gre-Nal e os demais jogos de Grêmio e Inter);
Uma data para as oitavas de final;
Uma data para as quartas de final;
Uma data para a semifinal;
Uma data para a final.
Com oito datas, é possível terminar a Libertadores em 25 dias, com uma média aproximada de um jogo a cada três dias e todos os clubes reunidos em apenas um país. Além disso, teria a emoção de confrontos únicos no mata-mata.
O desafio seria conseguir a estrutura em somente um país para 32 times, incluindo hotéis, campos de treinamentos e estádios. Outra dificuldade seria reunir todas estas equipes em meio aos campeonatos nacionais. Não é fácil e não está na pauta neste momento, mas este pode ser o plano B da Conmebol.