Na seleção brasileira sub-17, ele era o "presidente' de um time que tinha o atacante Neymar, o meia Philippe Coutinho e o goleiro Alisson. E olha que o apelido foi colocado pelo astro do Paris Saint-Germain e da Seleção. No Grêmio, surgiu como um fenômeno das categorias de base. O zagueiro Gerson sempre foi considerado promissor e o seu crescimento profissional era cercado de enorme expectativa, principalmente pelo enorme cartaz que tinha na CBF.
Em 2009, Gerson foi capitão da seleção brasileira na Copa do Mundo sub-17 da Nigéria. Voltou com prestígio para Porto Alegre, mas na prática não teve muitas oportunidades para confirmar tudo o que se esperava, e acumulou diversos empréstimos para clubes de menor expressão como Oeste, Red Bull e Atenas (URU).
Pois dez anos depois, a carreira do zagueiro está sendo retomada em um local absolutamente inusitado. No final de junho, Gerson assinou contrato com o Simba Sports Club, da Tanzânia, na costa leste da África. No país de 50 milhões de habitantes, ele está perto de locais históricos, como o arquipélago de Zanzibar e o Monte Kilimanjaro, com seus 5985 metros de altitude. Mas também convive com a pobreza e o contraste social.
O Simba é um dos dois grandes clubes do país, ao lado do Yanga. O clássico entre os dois clubes costuma reunir 50 mil torcedores no estádio. O Simba, que tem sua sede na capital Dar Es Salaam, acumula 20 títulos nacionais e participações na Liga dos Campeões da África. Por lá, os jogadores se comunicam em inglês e recebem o salário em dólar.
Gerson, que rodou o mundo pelas categorias de base da seleção brasileira, e que jogou em clubes na Índia e Japão, vai para mais um desafio. Aos 26 anos, agora a sua casa é na Tanzânia.