Entre os clubes que disputam a Libertadores, não há dúvidas de quem é o dirigente mais influente da América do Sul neste momento. Nos últimos anos, a força de Rodolfo D'Onofrio, presidente do River Plate, é impressionante.
Os episódios ocorridos na reta final da Libertadores de 2018 escancaram esta situação. Nas semifinais, o Grêmio não teve chance nos bastidores da Conmebol após as irregularidades cometidas por Marcelo Gallardo na Arena.
Na grande decisão, mesmo com o ataque ao ônibus do Boca Juniors nas cercanias do Monumental de Núñez, a punição foi leve e o time ainda teve a possibilidade de conquistar o título da Libertadores na final em Madri, na Espanha.
O fato é que D'Onofrio tem trânsito livre na Conmebol. Sua relação com o presidente Alejandro Domínguez é a melhor possível. A lista de reclamações dos outros clubes é longa, e inclui a mudança no regulamento da Libertadores de 2017. Após três jogadores do River serem flagrados no exame antidoping, a entidade modificou o que já estava determinado e liberou a troca de seis nomes de atletas inscritos para as oitavas de final.
A impressão de muitos dirigentes do futebol sul-americano é de que é impossível derrotar o River Plate nos tribunais da Conmebol.
Rodolfo D'Onofrio é presidente do River Plate desde 2013. De lá para cá, consolidou-se como uma grande influência do futebol sul-americano. Seu pai, Raul D'Onofrio, foi interventor da AFA (Associação de Futebol Argentino) entre 1971 e 1973. Rodolfo é empresário da área de seguros e tentou a presidência do River pela primeira vez em 2009, perdendo a eleição para Daniel Passarella por apenas seis votos.
Aos 72 anos, D'Onofrio soma dois títulos de Libertadores como presidente do River Plate, após assumir o comando depois do rebaixamento para a Série B do Campeonato Argentino. Trouxe ídolos como Marcelo Gallardo e Enzo Francescoli para trabalhar em sua gestão, e é apontado como um dos maiores dirigentes da história do clube. Seu mandato vai até 2021.