O Santos vive um momento de tensão total. Dentro e fora de campo. Nas quatro linhas até conseguiu melhorar um pouco e saiu da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Mas nas questões administrativas, o clube vive o caos total.
Primeiro com o problema envolvendo Carlos Sánchez e sua suposta condição irregular na Copa Libertadores da América. Pois agora o Conselho Fiscal do Santos está apurando questões que prometem sacudir o ambiente da Vila Belmiro.
O relatório sobre as contas do primeiro semestre é extremamente preocupante, com a suspeita de que o clube violou regras da Fifa em relação ao TPO (Third-Party Ownership), que é a lei sobre a proibição do repasse do percentual de direitos econômicos de atletas para terceiros.
Pois de acordo com este relatório, o problema ocorreu com o ex-jogador do Inter, Eduardo Sasha. É importante ressaltar que nem o Inter e nem o jogador fizeram algo irregular. A questão apontada é sobre como o Santos fez a operação no momento da troca do atacante pelo lateral Zeca. O estudo informa aos conselheiros santistas que "o clube assinou contrato de divisão de produto auferido com a transferência de atleta com uma empresa enquadrada nas restrições do Regulamento de Transferência de Jogadores".
O Santos repassou 30% dos direitos econômicos de Eduardo Sasha para uma terceira parte envolvida, no caso um empresário, o que é proibido pela Fifa desde maio de 2015. A entidade está inclusive punindo clubes que estão desrespeitando a regulamentação.
Neste caso, quem corre riscos e tem que se pronunciar oficialmente é a direção do Santos, o que ainda não aconteceu.
O polêmico relatório aponta ainda um prejuízo de R$ 45 milhões somente neste primeiro semestre e irregularidades no uso dos cartões corporativos do clube.