Foi uma espécie de Santa Ceia – só que com 32 convivas em vez de 12, e nenhum Judas, é claro. O jantar deu-se em frente ao paraíso – a Praça Paraíso, no coração de Porto Alegre. A hóstia era uma bola – a primeira a rolar na capital dos gaúchos. E a eucaristia consistiu em transformar o que antes fora vermelho em azul – sangue azul. Mas o que nasceu naquela noite de 15 de setembro de 1903, nunca foi um clube “de alemães ricos”. Os 32 apóstolos reunidos no Salão Grau, em frente à então Praça Paraíso (hoje Praça XV), eram pequenos comerciantes, alguns alemães, outros luso-brasileiros. Eles fundaram um grêmio, um grêmio de futebol, em Porto Alegre. Chamaram-no Grêmio de Futebol Porto-Alegrense.
Coração tricolor
Notícia
Grêmio, 119
O Grêmio, dono da maior torcida fora do eixo Rio-São Paulo, é do povo e é de todos
Eduardo Bueno