A 39ª edição da Maratona Internacional de Porto Alegre será uma corrida pela retomada do Rio Grande do Sul. Pode até ser clichê dizer que a corrida é a vida em movimento. Nesse caso, nada melhor do que termos corredores de praticamente todos os estados brasileiros e de outros 19 países espalhando vida pelas ruas da capital gaúcha.
Podemos falar da vida em movimento porque as pessoas estarão correndo por pontos turísticos da cidade. Além disso, a prova passa por diversos locais que estiveram debaixo d'água durante a enchente de maio, como o interior do Mercado Público — um símbolo do Centro Histórico.
Mas também podemos falar da vida em movimento além da corrida. Nesta sexta-feira (27), um artigo escrito pelo presidente do Sindicato dos Hotéis de Porto Alegre, José Reinaldo Ritter (SHPOA), ressalta que a Maratona de Porto Alegre voltou a colocar a capital gaúcha no cenário internacional do turismo. O evento representou um crescimento de 65% na ocupação da rede hoteleira. E isso enquanto ainda estamos com o Aeroporto Salgado Filho fechado.
É nesse contexto que o sentido mais profundo de retomada se estabelece. No entanto, essa é somente uma delas.
Existe outra retomada que é bastante significativa. Estou falando da volta das transmissões do evento pela Rádio Gaúcha. Aquilo que começou com Armindo Antônio Ranzolin, e foi rotina por mais de duas décadas, está voltando a acontecer. O detalhe é que agora a cobertura, além do áudio, também será em imagens pelo YouTube de GZH. Um recomeço e um novo começo.
Tive a oportunidade de cobrir a Maratona de Porto Alegre antes de virar maratonista, depois corri a prova seis vezes sem fazer a cobertura. E agora, de alguma forma, terei a felicidade de fazer as duas coisas. Correr e participar da transmissão. Que sorte a minha. Viva a corrida!