A partida de eliminação do Inter contra o Juventude na semifinal do Gauchão teve apenas uma interferência do VAR, mas foi o suficiente para mostrar o papel decisivo do recurso. O pontapé dado por Mauricio em Nenê não teria sido percebido por Anderson Daronco ou pelos demais integrantes da equipe de arbitragem.
O procedimento do árbitro de vídeo Daniel Bins foi perfeito. Recomendou que Daronco fosse ao monitor à beira do gramado para avaliar a possibilidade do cartão vermelho direto para Mauricio, que inicialmente tinha recebido somente o amarelo.
A confusão começa porque Nenê agarra Mauricio para impedir o contra-ataque. Só que o jogador colorado entra na provocação, perde a cabeça e, por fim, chuta o adversário no chão.
Essa foi a única incidência em que o recurso eletrônico precisou entrar em ação. As demais questões do jogo foram todas resolvidas pela equipe de arbitragem no campo. De todas elas, destaco dois pontos positivos.
O primeiro foi a precisão de Daronco no lance em que Mauricio reclamou de falta de Alan Ruschel no final do primeiro tempo. O jogador do Juventude pegou a bola e a infração não aconteceu. Lance difícil.
O outro foi a validação imediata do gol do Inter com o acerto do assistente Michael Stanislau. Lance rápido na jogada ensaiada da equipe do Inter e havia muitos jogadores na grande área. O VAR apenas precisou ratificar o acerto.
Podemos discutir uma ou outra decisão, especialmente em relação a algum critério na condução do jogo no aspecto disciplinar. O que parece indiscutível é que a arbitragem não teve qualquer erro capital e legitimou o resultado no Beira-Rio.