Muito se debateu sobre a presença ou não do VAR no Gre-Nal 441. Se analisarmos o que de fato o recurso eletrônico poderia ter mudado em relação aos lances capitais na partida, é possível concluir que não teria interferido em absolutamente nada.
O que poderia ter mudado completamente o clássico em caso de utilização de árbitro de vídeo no Beira-Rio seria a condução disciplinar de Anderson Daronco. Com o VAR em ação, o árbitro gaúcho não teria deixado a régua tão alta em relação às advertências.
Poucas faltas foram marcadas e, cartões que ele normalmente teria dado se fosse uma partida normal, não foram levantados para punir os atletas. Mesmo com essa postura, foi um Gre-Nal com sete amarelos e com 37 faltas. O resguardo de um VAR teria dado um pente fino que provavelmente teria elevado este número já exacerbado.
Lances polêmicos no Gre-Nal 441
Há três lances importantes no clássico, mas que não necessariamente o VAR mudaria algo. Explico nos tópicos a seguir:
Pênalti de Kannemann em Alan Patrick
O pênalti de Kannemann em Alan Patrick no final do jogo aconteceu, o ponto de contato que derruba o jogador colorado foi em cima da linha da grande área, e a infração foi marcada no campo. Ou seja, não teria tido qualquer interferência do recurso eletrônico no lance.
Possível pênalti de Aránguiz em André Henrique
O lance do Aránguiz em cima do André Henrique também não teria interferência do VAR. Eu considero que não houve a infração, pois os dois jogadores estão tentando ganhar espaço. Mas, se a gente analisar o caráter interpretativo desse lance e a possibilidade que o Daronco teve de enxergar tudo o que estava acontecendo, além de interpretar a jogada no campo, eu acho que o árbitro de vídeo também não teria sido acionado, pois respeitaria a decisão de campo.
Falta em João Pedro antes do gol de Maurício
Teve também a falta sofrida por João Pedro, cometida por Bruno Henrique, em um carrinho não marcado no campo que originou o primeiro gol colorado. Houve a infração e, claro que se fosse marcada no campo, teria mudado todo o curso daquela jogada. Mas como não foi assinalada, a presença do VAR também não interferiria nessa situação, porque não é uma falta na origem ofensiva do ataque do Inter.