Corinthians e Grêmio fizeram um jogo maluco. Foram oito gols marcados, duas viradas de placar e um resultado atípico de 4 a 4 no duelo pela 15ª rodada do Brasileirão. A arbitragem fazia um jogo perfeito até os 47 minutos do segundo tempo. Não tinha nada a ver com o placar de uma partida extremamente movimentada. Cheguei a falar que o goiano Wilton Sampaio estava dando uma aula de apito na Arena Corinthians.
Foi aí que aconteceu o lance que caracteriza o erro mais escandaloso de arbitragem deste Brasileirão. Depois de um cruzamento de Ferreira, o atacante Yuri Alberto bloqueou a bola com o braço aberto, levantado e em posição antinatural. O pênalti foi claro e óbvio. Mesmo que a regra de mão na bola seja bastante subjetiva, essa jogada não deixa a mínima margem para interpretação.
Sampaio é um árbitro experiente com rodagem nas principais decisões do futebol brasileiro e sul-americano. Além disso, o juiz da Fifa tem duas Copas do Mundo no currículo. Trabalhou como VAR na Rússia, em 2018, e como árbitro de campo no Catar, em 2022. De qualquer modo, ninguém está livre de cometer um erro grave dentro de campo. Ainda mais se levarmos em conta que a posição dele não era a mais adequada para avaliar a disputa.
O que não consigo entender é a falta de interferência do VAR para salvar a arbitragem em uma situação como essa. O árbitro de vídeo mineiro Émerson de Almeida Ferreira deveria ter recomendado a revisão no monitor à beira do gramado. Estou curioso pela divulgação do áudio da conversa entre cabine e campo para saber o que aconteceu ali para fazer com que o Ferreira respaldasse a decisão de campo.
Acredito que a CBF realizará alguma manifestação oficial e tornará público o áudio do VAR ainda nesta terça-feira (19). Isso se torna algum urgente diante da gravidade e da repercussão do erro cometido na partida.