O erro da arbitragem, que não marcou um pênalti claro — em que Yuri Alberto desviou a bola com o braço dentro da área — foi o principal tema da coletiva do técnico Renato Portaluppi após o empate do Grêmio, em 4 a 4, com o Corinthians, em São Paulo, na noite desta segunda-feira (18).
— Eu tenho visto todos os jogos. Eu sou um dos treinadores que menos critica a arbitragem. A minha bronca não é com o erro, mas no momento em que você tem o VAR e sabe as regras do jogo, é inadmissível não ter dado esse pênalti. Estou falando isso porque eu vi o lance no vestiário. Gente do próprio Corinthians falou que foi pênalti. Duvido alguém falar que não foi — afirmou, voltando a criticar Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF:
— Gostaria de perguntar para o VAR. Gostaria que o Seneme viesse a público. Ele não conhece todas as regras? Nós conhecemos também. Venha a público e explique isso. O árbitro esperou bastante para o VAR analisar bem. Nem precisava desse tempo.
O jogo, atrasado da 15ª rodada do Brasileirão, poderia fazer com que o Grêmio diminuísse a desvantagem para o Botafogo, líder isolado da competição nacional.
— Ficaríamos a nove pontos. Teríamos o confronto direto. Estamos para brigar pelo título, mas fica difícil assim. Queria ver o Seneme explicar que não foi pênalti. Fica difícil. O Brasil todo viu a vergonha de hoje — ressaltou.
Sobre o desempenho da equipe gremista, Renato elogiou a atuação, ao mesmo tempo em que criticou o "apagão" sofrido pelo Grêmio nos minutos finais do primeiro tempo, quando levou três gols em apenas seis minutos.
— Minha única crítica foram nos últimos sete, oito minutos do primeiro tempo. Tivemos uma pane e tomamos os gols. Tínhamos o domínio total. O Corinthians estava correndo atrás, mas deu um apagão. Voltamos com muito empenho. Buscamos e viramos. Fica o gosto amargo do último lance pelo pênalti — concluiu.