Quando Jean Pierre Lima está em campo, sempre tenho a expectativa de que a arbitragem não será problema. Com toda a experiência que tem e com o respeito conquistado ao longo da carreira, o juiz gaúcho alcançou um patamar que o tornou sinônimo de segurança para uma partida de futebol.
Essa perspectiva se confirmou dentro de campo mais uma vez na vitória por 2 a 0 do Grêmio contra o Caxias pela semifinal do Gauchão. As duas coisas mais importantes aconteceram. Jean Pierre controlou muito bem o aspecto disciplinar e legitimou o resultado da partida.
Entretanto, houve um lance que deveria ter tido uma decisão diferente da arbitragem. O goleiro Marcelo Pitol merecia ter levado cartão por conta da entrada em Matheus Henrique no lance do primeiro gol gremista.
Considero que o ideal seria a aplicação do amarelo. Isso porque não acredito que o gesto do jogador do Caxias tenha sido proposital para atingir o rosto do adversário. Caso isso fosse uma certeza, a agressão estaria caracterizada e o vermelho seria a decisão correta.
Como não creio que esse tenha sido o caso, mesmo que não tenha tido a atitude agressiva, Pitol correu um risco muito grande com o gesto exagerado na saída do gol. Além disso, ele atinge o rosto do adversário com o pé. Isso é sempre algo muito perigoso e que representa uma temeridade. Por isso, o amarelo deveria ter sido mostrado até para marcar um limite.
De qualquer modo, esse foi um lance pontual na partida. De um modo geral, Jean Pierre teve a autoridade de sempre ao longo dos 90 minutos. E não poderia ser diferente.