Não recordo de outro lance em que o próprio jogador se expulsou antes que o árbitro tivesse tempo de mostrar o cartão vermelho. Foi justamente isso que ocorreu na vitória por 2 a 0 do Inter contra o Caxias, nessa quarta-feira (24), no Beira-Rio, pela 6ª rodada do Gauchão.
Depois de cometer uma falta em Thiago Galhardo e impedir uma chance clara imediata de gol, o zagueiro Guilherme Mattis saiu correndo do campo porque sabia que seria expulso. Quando o árbitro Douglas Silva conseguiu tirar o cartão do bolso o defensor do Caxias já havia corrido meio campo rumo à linha lateral para se dirigir ao vestiário.
Por conta disso, considero que essa foi a expulsão mais fácil que já vi no futebol. Isso porque não houve qualquer reclamação ou questionamento por parte do jogador punido. Algo incomum. Guilherme Mattis sabia que o árbitro não teria outra decisão para tomar e facilitou as coisas.
Esse foi um dos acertos capitais da arbitragem no jogo, mas há outros dois que merecem destaque. Falo de duas decisões tomadas pelos bandeiras da partida. A primeira delas resultou no gol bem anulado da equipe do Caxias. O bandeira Claiton Timm estava bem colocado e percebeu com precisão a posição irregular de Milla.
O outro lance foi o que terminou com o chute de Yuri Alberto no travessão. Esse chamou ainda mais atenção porque houve uma pegadinha no meio do caminho. Caio Vidal tinha posição de impedimento no momento do passe. Ao perceber isso, de forma inteligente, o atacante tirou o corpo fora da jogada. Edenilson veio de trás, em posição legal e entrou livre na área. O toque acabou em Yuri Alberto, que quase marcou.
Esse é o tipo de lance bastante difícil por exigir atenção máxima do assistente. Maurício Penna foi muito bem na jogada. Teve frieza e esperou o andamento para para tomar a decisão correta e permitir a sequência da jogada.
Três situações que resumem o trabalho em equipe na partida com acertos importantes em três lances decisivos.