É comum a escolha de árbitros menos experientes para jogos que valem a disputa do terceiro lugar em competições como a Copa América. A decisão da Conmebol de colocar o paraguaio Mario Díaz de Vivar para comandar a partida entre Argentina x Chile tem como base um retrospecto de que esse tipo de confronto costuma ser mais tranquilo. Até porque as duas equipes já tinham feito seus jogos mais competitivos e estavam ali para cumprir tabela.
Só que essa teoria só valeu até o apito inicial da partida deste sábado (6) na Arena Corinthians. Quando o jogo começou, a tranquilidade prevista deu lugar aos momentos de tensão e a inexperiência do juiz pesou para uma arbitragem bastante atrapalhada.
O começo da partida já foi acidentado. Mario Díaz de Vivar inventou uma falta de Beausejour em Agüero e ainda mostrou amarelo para o jogador do Chile. Naquele momento não era a primeira e nem seria a última vez em que o árbitro seria cercado.
Esse primeiro amarelo colocou a régua das advertências muito baixa para um jogo que estava muito nervoso. O fato é que a condução da partida por parte do juiz foi tornando ainda mais pegado um duelo que precisava de comando firme. Os jogadores precisavam de uma autoridade capaz de tomar decisões seguras dentro de campo. O que se viu foi um árbitro agindo de forma impulsiva.
Esse protagonismo da arbitragem teve seu ápice nas expulsões de Medel e Messi. Os dois jogadores se estranharam após disputa de bola na linha de fundo e ficaram se peitando. O juiz chegou espalhando o bolo e levantado o cartão vermelho direto para os dois jogadores. Concordo que as punições precisavam ser iguais para ambos. Entretanto, as expulsões ficaram muito rigorosas diante da conduta praticada. Apesar de exaltados, eles não trocaram agressões em nenhum momento.
Messi usou o braço nas costas de Medel depois que a bola já havia saído pela linha de fundo. O chileno ficou irritado e partiu dando um peitaço para cima do argentino, que não arrefeceu. Só que ficou nisso. Nada se socos ou qualquer ação mais forte. Duvido que um árbitro experiente fosse expulsar os dois. Dava tranquilamente para administrar e mostrar dois amarelos. Ficaria de bom tamanho, desde que o árbitro tivesse a capacidade de exercer autoridade sem se esconder atrás dos cartões. As expulsões acabaram sendo rigorosas e deixaram a sensação de injustiça.