Não passou pela arbitragem e nem pelo VAR. A derrota por 2 a 0 da Argentina contra a Seleção Brasileira, nessa terça-feira (2), no Mineirão, pela semifinal da Copa América, foi resolvida na bola. O "choro" dos argentinos contra o recurso eletrônico foi exagerado e pareceu uma tentativa de buscar um motivo para a eliminação na melhor atuação do time de Messi na competição.
Em um dos lances protestados, Otamendi procura o choque com Arthur na área depois de cobrança de escanteio. A trombada parece muito mais consequência do movimento do argentino na direção do brasileiro.
A outra reclamação está na origem do segundo gol do Brasil. Seria um pênalti no choque de Daniel Alves com Agüero dentro da área antes da roubada de bola para o contra-ataque. Pela imagem oferecida pela transmissão da televisão, a infração não fica clara a ponto de justificar a interferência do VAR.
Vale lembrar que o árbitro de vídeo tem todos os ângulos possíveis à disposição e ficou com a decisão do campo depois de fazer a checagem na cabine. Em nenhum dos lances solicitou a revisão do juiz principal. As imagens oferecidas pela transmissão da televisão também encaminham para isso.
Entretanto, há um ponto da reclamação dos argentinos que precisa ser levado em conta e servir de reflexão para a Conmebol. Messi protestou que houve lances bobos que foram revisados ao longo desta Copa América. É verdade.
Para exemplificar basta lembrar que o VAR mandou o árbitro olhar a jogada envolvendo Arthur e Derlis González no final do jogo do Brasil contra o Paraguai. Foi uma revisão absurda porque não era situação clara de cartão vermelho. Nem de longe. Mesmo distante do conceito do protocolo, o juiz principal foi ao monitor à beira do gramado. A condução do VAR em situações como essa precisa ser reavaliada para tornar o processo mais claro e evitar a ideia de que as revisões são seletivas.