Estava tudo pronto para que a final da Copa América tivesse o melhor árbitro do continente no apito. A lógica das escalas preparou o terreno e parecia que somente uma classificação da Argentina seria capaz de tirar o argentino Néstor Pitana, por motivos óbvios, do comando do jogo decisivo no Maracanã, neste domingo (7), às 17h. Só que o contrário ocorreu e o escolhido para o confronto entre Brasil x Peru foi o chileno Roberto Tobar. O motivo que fez a Conmebol descartar Pitana da partida foi a grande bronca dos argentinos com a arbitragem e o VAR na eliminação diante da Seleção Brasileira.
A reclamação de Messi foi muito forte depois da semifinal. O craque disse que não houve justiça e "cansaram de marcar bobagens na Copa América e não foram nunca ao VAR" para situações em favor da argentina no duelo contra os brasileiros. Por fim, completou dizendo que não acreditava que algo fosse acontecer porque o Brasil manda na Conmebol.
Messi não foi o único. Outros jogadores e o técnico Lionel Scaloni também foram duros nas críticas ao apito. Sem falar que a AFA (Associação de Futebol Argentino) enviou uma carta questionando problema no VAR e solicitando a gravação do diálogo entre o árbitro de vídeo e o juiz principal no jogo do Mineirão.
Essa bronca institucional fez com que a Conmebol considerasse prudente evitar a presença de um árbitro argentino em um final envolvendo o Brasil. Qualquer problema de arbitragem no jogo poderia remeter aos fatos ocorridos fora de campo.
Sem dúvida, Néstor Pitana seria o principal nome para apitar Brasil x Peru. Não há outro árbitro com currículo tão expressivo na atualidade dentro do continente. Além de somar mais de 100 jogos internacionais na carreira, Pitana já comandou final de Copa do Mundo e decisões em torneios como Libertadores e Recopa.
É preciso dizer que o escolhido pela Conmebol também é um grande árbitro. Roberto Tobar apitou a final da Libertadores entre Boca Juniors e River Plate no ano passado e também foi o designado para a decisão da Copa Sul-Americana. Tem currículo para merecer essa escala. É verdade que apresentou algumas dificuldades no controle disciplinar em jogos desta Copa América. Se perdeu dando muitas explicações aos jogadores dentro de campo e tornou as partidas muito amarradas. Que na final consiga ter postura diferente para fazer uma grande arbitragem.