Dois lances polêmicos marcaram a atuação da arbitragem na derrota por 5 a 4 do Grêmio contra o Fluminense, neste domingo (5), na Arena, pela terceira rodada do Brasileirão. O primeiro deles foi o pênalti marcado para o Fluminense. O outro foi uma possível penalidade que o árbitro Raphael Claus revisou no monitor à beira do gramado a partir da intervenção do VAR, mas decidiu não marcar. Considero que o juiz da Fifa teve um erro e um acerto.
O erro foi o pênalti marcado para o Fluminense. Discordo da decisão de Claus de assinalar infração de Kannemann em Matheus Ferraz. Entendo que houve disputa por espaço e os dois jogadores usaram o braço para tentar ganhar vantagem, mas não vejo ação faltosa para justificar a penalidade. O jogador do clube carioca tenta empurrar de um lado, enquanto o gremista usa o braço nas costas de outro.
Pela posição dos dois jogadores e o local em que estava o árbitro, o uso do braço por parte de Kannemann fica em primeiro plano. Raphael Claus está de frente e observa o gesto do defensor do Grêmio. A avaliação dele passa necessariamente pelo posicionamento em campo. É bem provável que o VAR não tenha interferido por ter tido o entendimento de que o lance era interpretativo. Quem estava diante do recurso eletrônico não considerou que tenha havido um erro claro.
No outro lance, Raphael Claus confirmou a decisão correta do campo depois de revisar o lance no monitor à beira do gramado. Não houve o pênalti para o Grêmio. A bola bateu no braço do defensor do Fluminense dentro da área de forma acidental. Ele salta para a disputa com Cortez, que erra o cabeceio, e a bola cai na direção do braço. Não houve ação de bloqueio ou qualquer gesto na direção da bola para justificar a chamada infração de mão.
É provável que o VAR tenha interferido por um único motivo: Claus não deve ter visto que a bola tocou no braço. Isso caracteriza um incidente não percebido. O árbitro de vídeo também serve para fazer alertas neste sentido ao juiz principal.