A arbitragem está cometendo muitos erros na reta final do Brasileirão. Isso é fato. Mas nenhum juiz da nossa principal competição nacional seria capaz de apitar um pênalti tão bizarro como o marcado na Liga dos Campeões. A lambança ocorreu na goleada por 6 a 0 do Manchester City sobre o Shakhtar Donetsk, nessa quarta-feira (7). Não acreditei quando percebi que o árbitro húngaro Viktor Kassai estava indicando a penalidade sobre o atacante Sterling.
Antes de prosseguir com qualquer tese, preciso que você veja o lance (o vídeo está publicado lá no twitter). Se você já viu, vale a pena ver de novo.
Ao falar sobre esse erro grosseiro não estou querendo justificar os problemas de arbitragem que ocorrem no Brasileirão. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Apenas estou mostrando que não é só aqui que as trapalhadas acontecem. Os árbitros, inclusive os bons, cometem falhas por todos os cantos do mundo.
Viktor Kassai já apitou final de Liga dos Campeões e tem mais de 140 partidas internacionais na carreira. Isso mostra que a explicação não está na falta de experiência ou de capacidade do juiz. Vale lembrar que na competição europeia também existe o árbitro adicional, que fica atrás do gol. Como ele não viu que não foi pênalti? Mais uma vez a resposta é: não é só no Brasil que o adicional erra.
Há quem diga que tenha faltado honestidade para o inglês Sterling em não admitir que não foi tocado. Ele até pediu desculpas depois do jogo, mas na hora mandou ver no jeitinho brasileiro. Nem sei se posso chamar assim, pois a malandragem do atacante teve pontualidade britânica.
Talvez esse não seja o melhor lance para justificar a fragilidade humana para acompanhar a velocidade do futebol atual, mas tenho certeza que atesta de uma vez por todas a necessidade do uso do VAR. Mesmo que não resolva todos os problemas, um erro bizarro como esse jamais ocorreria se a Liga dos Campeões tivesse o recurso eletrônico, que será implantado somente no ano que vem.
Assim como no Brasil, lá no primeiro mundo eles também estão atrasados.