A decisão da Copa do Brasil entre Corinthians e Cruzeiro acendeu o debate sobre o uso VAR (sigla em inglês para árbitro assistente de vídeo). Toda a polêmica foi gerada depois que o carioca Wagner do Nascimento Magalhães marcou um pênalti e anulou um gol do time paulista com o auxílio do recurso eletrônico. Considero que dentro das duas decisões capitais o juiz da Fifa cometeu dois acertos e dois erros.
O equívoco mais grave foi o pênalti marcado para o Corinthians. Embora tenha ocorrido contato na disputa, Thiago Neves chega a recolher a perna enquanto Ralf força a queda depois de buscar o choque com o adversário. Magalhães não marcou nada no campo, mas pediu para verificar a imagem no monitor à beira do gramado. O uso da imagem não foi suficiente para salvar o árbitro de apitar uma infração inexistente.
No outro lance capital da partida, ocorreram dois acertos e um erro. Entendo que a falta de Jadson em Dedé realmente aconteceu. O jogador do Corinthians atingiu o peito do adversário de forma proposital para tentar ganhar vantagem.
A atitude não teve intensidade para caracterizar a conduta violenta, que representaria a necessidade de cartão vermelho. No entanto, mas foi o suficiente para representar um gesto inadequado e faltoso. Por isso, o gol foi bem anulado e o amarelo para Jadson bem aplicado.
O erro do árbitro no lance foi não ter aplicado amarelo também para o zagueiro do Cruzeiro. Dedé foi atingido no peito e simulou ter sido golpeado no rosto. A reação não invalida a falta sofrida por ele, mas não poderia passar sem uma advertência.
Foram dois erros e dois acertos, mas a gravidade dos problemas colocou em dúvida até mesmo o que poderia ter sido apontado como algo positivo no uso do VAR.